Lá fora a chuva cai, harmoniosa.
Faz lacrimejar a vidraça da janela.
Pela calçada segue, curiosa,
Quem mais irá ao encontro dela.
Pela janela vejo,
O céu de cinza pintado.
Hoje nele me revejo,
Num espírito sossegado!
Pela janela sinto a melancolia,
A introspeção do dia cinzento.
A chuva provoca esta magia,
Esta paz que eu acalento!
O som da chuva é envolvência,
É uma canção de embalar.
Preguiça a alma à indolência,
Numa vontade de parar.
Pela janela imagino,
Ter-te aqui a meu lado,
Num momento divino,
Neste dia nublado!
Pela janela ela nos viria,
Juntos, ouvindo o seu tilintar,
Abraçados, em plena harmonia.
Unidos, pela paz do poder estar!
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